terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

A menina que roubava livros


Hoje resolvi falar (escrever) de amor.Um amor diferente do amor amante, mas AMOR.O amor de uma menininha por seu papai, por seu amigo judeu que mora no porão, por seu melhor amigo Rudy Steiner e até pela sua nova mamãe ranzinza.Estou falando de "A menina que roubava livros" de Markus Zusac.A história de Liesel Meminger (a roubadora de livros, como ela gostava de ouvir) se passa entre 1939 e 1943. Liesel encontrou a Morte 3 vezes nesse período. E saiu viva das 3 ocasiões. Talvez por isso a Morte tenha resolvido nos contar sua história. E como diz na capado livro, não é todo dia que a Morte conta uma história, então vale a pena parar para ler....Interessante definição da Morte sobre Si mesma;Eu não carrego gadanha nem foice.só uso um manto preto com capuz quando faz frio.E não tenho aquelas feições de caveira que vocêsparecem gostar de me atribuir à distância.Quer saber a minha verdadeira aparência?Eu ajudo. Procure um espelho enquanto eu continuo.Confesso que comecei a ler esse livro umas 5 vezes antes de conseguir continuar... O começo é maçante demais... Confuso...Mas, persisti e já passei da página 350 (são 500 ao todo).Está valendo a pena.E muito.A princípio, pensei que leria sobre roubo de livros. Mas não. Eles são narrados sim, mas poucos são realmente 'furtos'. E o motivo deles é tão simples e sincero que é impossível julgar e condenar a menina. É quase como uma mãe que pega um pedaço de pão dormido para seu filho faminto. É necessidade! É urgência! É perdoável... Compreensível...O foco da história, ao meu ver, é o amor. Sei que cada um tem seu momento de vida. Pode ser que muitos leiam e digam que o livro é sobre a guerra, os judeus, o nazismo e o holocausto. Outros dirão que é sobre uma menina que roubava livros. Eu digo que é sobre o amor.Um amor sincero, inocente e doador, como só as crianças são capazes de nos mostrar.Em um tempo em que a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte, vemos a beleza da vida pelos olhos dessa 'linda' menina.O livro tem passagens lindas como a preocupação de Liesel com Max (o judeu no porão) quando ele ficou doente. Não era sobre o que fazer com o corpo de um judeu em plena Alemanha nazista, mas sim sobre o que fazer sem seu melhor amigo. Outras marcantes, como as partes intituladas "O diário da Morte", em que a própria conta trechos de sua 'vida'. São momentos reflexivos. A Morte se diz cansada. Quer férias, que nunca terá. Fala de Deus.Enfim, não acabei de ler ainda, mas recomendo a todos que curtem uma boa leitura, como eu...



Markus Zusak tem 31 anos e é australiano.

Outros livros dele:

Eu sou o mensageiro.

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