segunda-feira, 18 de maio de 2009

Já praticou gentileza hoje?

Estava relaxando ao ler a Marie Claire de janeiro quando me deparei com um artigo que pregava a prática da gentileza - não apenas quando necessária ou obrigatória, mas durante os 365 dias do ano. Pensei que não faria nada mal disponibilizar no blog, publicando os gestos gestis sugeridos pela matéria e com os quais concordo em gênero, número e grau [e que, por conta do cotidiano estressante das grandes cidades ou de problemas pessoais, todo mundo esquece de vez em quando].
Que o mundo possa ser cada dia mais um espaço de gentileza, e não de guerra e ódio, entre as pessoas.
Ao seguir sugestões como essas, mesmo ao incorporá-las aos poucos em nosso dia-a-dia, quem sabe conseguimos nos tornar agentes positivamente transformadores? Nesse caso, a “união faz a força” e TODA a diferença nos resultados a se alcançar. Vamos praticar! Com certeza um dia, vai acabar voltando pra você.
Acredite.

*Faça uma lista com as datas de aniversário de pessoas queridas e não deixe que passem em branco.
*Respire profundamente, leve o ar até o abdome e expire longamente todos os dias. Essa é uma gentileza com o corpo.
*Ajude um colega aterefado: uma coisinha à toa pode fazer diferença para quem anda sobre carregado.
*Dê passagem: na rua, no elevador, no banco, no trânsito. Sempre que puder, ceda sua vez.
*Não esqueça das palavras mágicas: bom dia [ou boa tarde, boa noite], por favor, com licença, obrigada. Inclua também o “posso”? Ou ainda: “que bom”!
*Surpreenda uma pessoa do seu convívio dando a ela algo que você adoraria receber. Pode ser um elogio, um abraço ou apenas ouvidos. E isso em um dia qualquer, sem motivo especial.
*Não tenha medo de ser piegas. Se a chance se apresentar, ajude uma pessoa idosa ou uma criança a atravessar a rua. Ou resgate um gatinho do telhado!
*Em casa, não dê uma de “rainha [ou rei] do controle remoto”. Use a justiça e alterne o poder. E, se ele estiver em suas mãos, consulte os outros antes de mudar de canal.
*Vai se atrasar para um encontro ou uma reunião? Ligue para avisar, justifique-se. O tempo da outra pessoa é tão precioso quanto o seu.
Retorne os telefonemas, responda aos e-mails, agradeça os convites que receber – mesmo que não possa ir. É sinal de consideração e ajuda a manter o tom de cordialidade nas suas relações.
*Em uma situação em que várias pessoas estão debatendo ideias, escute primeiro e aguarde o seu momento de argumentar. É uma atitude sábia que valoriza a palavra do outro e também a sua.
*Sempre agradeça os favores que lhe fazem e as coisas bacanas que lhe oferecem. Reconhecer a cortesia alheia é um modo de ser gentil.
*Elogie [sem economia!] o bom desempenho de um colega ou de um funcionário.
*Vai receber amigos para jantar? Faça aquele prato que a turma adora. Eles têm uma criança pequena? Elabore um cardápio só para ela. A anfitriã especial é aquela que faz todo mundo se sentir especial.
*Foi você quem recebeu o convite? Descubra o que poderia deixar o dono da casa feliz e chegue com algum mimo – flores, vinho ou sobremesas.
*Valorize o aspecto feminino de sua mãe. Reconheça nela a mulher, com seus desejos, intuições… ou alguma outra fraqueza por rosas, cremes e perfumes.
*Se você tem filhos, valoriza as coisas boas que eles trouxeram para sua vida. Diga isso a eles, mesmo que ainda sejam pequenininhos.
*Cuide do jardim, coloque flores na casa. Agradeça a presença de uma árvore no seu caminho. *Invente o seu modo de reverenciar a Terra, a nossa grande mãe.
*Elogie seu amor. Seja namoro, casamento ou algo que você gostaria que ficasse mais sério.
*Faça valer a máxima “aceitar a diferença”. Pense em algo que não compartilha com quem te faz companhia e aceite que é uma escolha diferente da sua.
*Ofereça um presente que faça quem você ama feliz. Pense no prazer da outra pessoa e não no seu – mesmo que isso implique em fazer algum sacrifício.
*Está sem par? Reúna-se com amigos na mesma situação e divirtam-se! Façam um brinde aos homens, às mulheres e ao amor.
*Sorria sempre. É um jeito de receber bem as pessoas e ser bem recebida. Basta ser cordial. Não é o caso de demonstrar alegria ou afeto, se você não sente isso. A gentileza é uma delicadeza, nunca uma simulação.
*Viu alguém atrapalhado, carregando mil pacotes ou um objeto pesado? Dê uma mãozinha.
*Cultive apenas pensamentos positivos. Esvaziar-se das toxinas mentais alivia… E, se você estiver bem, a chance de ser atenciosa com os outros aumenta.
*Doe o seu tempo e faça companhia para quem está de luto ou sofrendo com solidão. A prensença de um amigo é tudo nessa hora.
*No Dia dos Pais, dê um presente ou um abraço no seu pai, avô, no pai dos seus filhos. Valorize a força do homem e da paternidade.
*Não julgue nada nem ninguém [vale pra você também]. Diante de uma situação desagradável, não acuse nem se mortifique. Apenas registre suas sensações. Esse exercício aumenta o grau de tolerância às imperfeições.
*Depois de meses de gentileza, se você começar a se sentir “superior” por ser uma pessoa tão legal, encare esse orgulho com humor – ótima hora para rir de si mesma e da sua empáfia!
*Chame um amigo para um cinema ou um café. Diga como é bom fazer esse programa juntos.
*Mesmo depois de um longo dia de trabalho, passe um tempo com seus familiares. Ouça suas histórias.
*Seja uma pessoa delicada com as suas necessidades e seus desejos: identifique-os e respeite-os.
*Mande um pedaço de bolo ou de pizza para o porteiro quando houver comemorações na sua casa.
*Faça um bem. Qualquer um.
*Tenha paciência com os chatos. Use o bom humor como antídoto e exercite a paciência.
*Expresse gratidão a quem lhe ensina – seja um professor ou um amigo. Dê flores, um abraço ou, se isso fizer sentido para você, ofereça uma oração.
*Conte aos filhos, ou crianças do seu convívio, algo que aprendeu com seus mestres inesquecíveis.
*Empreste o ótimo livro que você terminou de ler.
*Compartilhe os e-mails engraçados que recebe – mas não envie correntes. Até hoje ninguém morreu por ter encerrado umas dessas chateações.
*A vida seria mais difícil sem a ajuda de uma empregada ou babá? Agradeça sinceramente o apoio delas.
*Dê uma gorjeta generosa ao garçom.
*Pare o carro para deixar uma pessoa atravessar, mesmo que ela não esteja na faixa de pedestres.
*Avise quando a pessoa não percebeu alguma situação desagradável [sabe aquele verdinho no dente?].
*Procure o lado bom das situações e das pessoas. E fale a respeito. O papo vai ficar mais interessante.
*Convide o novo colega de trabalho para almoçar. Tire dúvidas, ajude-o a se familiarizar com o ambiente [mas, por favor, não faça fofocas maldosas].
*Ofereça um almoço gostoso para alguém que perdeu um parente ou amigo querido.
*Perdoe uma mágoa do passado. É muita gentileza dar uma segunda chance a alguém que pisou *na bola.
*Convide uma pessoa que esteja sozinha na noite de Natal para cear com sua família.
*Ligue para um parente ou amigo distante para desejar um feliz Ano-Novo.
*Surpreenda seu amor com um presente feito à mão [um quadro, o doce predileto, um CD onde você gravou as músicas que a pessoa adora].
*E pra terminar, especial para as mulheres: combine de comprar e trocar calcinhas brancas com as amigas de coração. Usem no primeiro dia de 2010.
É um talismã feminino de boa sorte!

Amor à granel


A vida é engraçada e auspiciosa realmente.

Quando somos crianças lá no jardim de infância, namorar a menininha ou o garoto mais fofo do "recreio" era coisa gostosa e inocentemente fácil.Bastava trocar um pedaço de bolo, ou oferecer uma flor roubada, uma cartinha com a letra mais caprichada que se conseguisse desenhar e caprichar nas palavras decoradas " eu te amo"!

O tempo passa e na adolescencia vem as preocupações com a aparência, o ser aceito em determinado grupinho, ser popular, ser desejada, enfim, regras e mais regras que só quem tá na " aborrecencia" é que entende o porque de tantos porques.Afinal, deveria ser uma coisa mais fácil.A gente se olha, se gosta, se completa e pronto.Mas, não é.

Pedimos durante a vida toda um amor único, grande, exclusivo, que pudesse ser amigo e te completar de todas as formas.É pedir demais?Não acho, afinal é o que todos almejam e merecem.

Não preciso ser milionário, nem o mais lindo,´mas precisa ser seu e acima de tudo, ser cúmplice.

Então lá vai.Fecha os olhos e deseja, mas deseja com força, como se fosse o último pedido da sua vida.Fez? Agora é só esperar, afinal você se comportou bem, fez a lição de casa, não brigou, não falou mal de ninguém...então com certeza será contemplado.O problema começa justamente ai.Nem sempre o que pedimos é o que recebemos.A vida vem e te entrega um amor que você jamais desejou e você fica com aquela cara de tacho se perguntando:- Onde foi que eu errei?Em lugar nenhum.Ta tudo certo, seu pedido chegou lá, do jeitinho que você o fez, mas a entrega tá feita, bye , bye.Você muitas vezes sobra nas mãos com um amor que não é a sua cara, mas é seu.

Você agora tem um amor pra cuidar querendo ou não ou será que você pode passar adiante?Por numa gaveta?Não! Nada disso.Ele ta ali, dia após dia.Exigindo de você, te levando à loucura com seu jeito de ser, ora lhe tratando como deusa, ora lhe impondo submissão.

Onde foi parar aquele amor que lhe afagava os cabelos e lhe dizia mil coisas bonitas? Onde está aquele amor de caixinhas de bombons e recadinhos no espelho?Foi trocado na secção de achados e perdidos, ou destinado à outra que sequer presta atenção aos mimos desse amor adocicado.Pois é minha amiga.Na loteria da vida, seu sorteio sofreu adulterações ,mas de qualquer forma, não reclame e viva esse amor que não estava nos seus planos.



Vylna Cassoni

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Instruções para se apaixonar...


Encha o peito com mais de trezentos suspiros,quando estiver bem levinho,solte as amarrase flutue. (Rita Apoena)

(...)Os amores antes de chegar, deviam me enviar cartas avisando com antecedência sua visita em minha vida, ou então um telefonema com ligação a cobrar, ou sinais de fumaça, ou pombos com recados, ou garrafas jogadas no mar. Mas que desse um jeito de me comunicar de sua dolorosa chegada, para que antes eu preparasse o terreno, tá entendendo? É, arrumasse a casa aonde moro e a casa da aonde moram meus sentimentos, dispensasse outras possíveis visitas, orasse pedindo sol e calmaria por todos esses dias que o amor ficasse, tirasse o pó acumulado sobre as esperanças, me prevenisse dessas dores de parto. Sim, dores de parto, parto duplo: uma nova vida chegando e já com alguma pretensão de logo partir.(...)
(Cáh Morandi)

Telas


Ilustração de Igor MachadoFez quinze anos e tomou uma decisão: viveria um grande amor!Um par de sapatos de saltos altos, um batom cor de café com leite e um sutiã com enchimento de borracha eram as primeiras armas naquele arsenal de objetos letais. E um plano. Traçado nas tardes de um distante verão, nas páginas de um caderno espiral e resumido à listagem dos grandes amores que lhe visitavam os sonhos: Romeu e Julieta, Peri e Ceci, Rainier de Mônaco e Grace Kelly. E dispensou amores que não chegavam aos balcões e às varandas, às folhas de palmeiras, ao glamour de Hollywood, ao azul do Mediterrâneo.

Quando fez vinte anos decidiu que era o tempo do grande amor. Óculos de tartaruga, roupas pretas e nenhum sutiã eram as definitivas armas naquele laboratório de experimentações. E as fotos pregadas no painel de cortiça, montado no frio que ameaçava as manhãs de primavera. Sartre e Beauvoir, Goddard e Anna Karina. E dispensou amores que chegavam ao som da marcha nupcial e cheirando a flor de laranjeira.

Fez trinta anos, decidindo que era o tempo do definitivo amor. Um par de diplomas, roupas de grife e perfumes franceses tornaram-se as armas que empunhava dia a dia, durante todos os dias daquele outono, enquanto o vento frio do entardecer espalhava as folhas onde escrevia nomes: Tristão e Isolda, Abelardo e Heloísa, Carmem e Don Jose... E renegou amores dissonantes, de colorido cotidiano.

Quarenta anos e o tempo de qualquer amor. Um par de olhos cansados, roupas largas e o cheiro do tempo perfumando as madrugadas de insônia e devaneio. E as lembranças coladas à pele como se fora uma segunda pele no inverno que a noite anunciava.

Ontem, fez cinqüenta anos.(Ro Druhens)