sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo à todos ...

Cheiro de moça bonita

Para minha total surpresa, ganhei esse perfume de uma pessoa especial.Quando digo especial, é pelo enorme coração e desprendimento que ela possui, que sem pensar duas vezes, abriga os cães que foram abandonados na sua rua.A Thaís é uma moça bonita por dentro e por fora, simples e muito educada.Tive o privilégio de conhecê-la numa noite aqui na esquina onde ela estava indignada que ninguém havia dado nada de comer ainda a uma pobre coitada que estava suja e cheia de carrapatos a vagar pela rua há dois dias.Conversamos, comprei comida e ela levou a "Mel" para sua casa.Pagou banho e tosa e assim descobrimos por baixo do emaranhado de pelos sujos, uma poodle muito meiga e linda.Depois dela veio o Black, muito novo e assustado e por final a Caçula, filhotinha cor de mel, miúda e engraçadinha.
A Thaís é mãe de um lindo menino de um ano cujo nome é Júlio César.Comprei uma roupa bem descolada para ele colocar no  Natal e um Panettone e ela em retrivuição, me surpreendeu com o perfume, um conjunto de brincos e colar, um espumante e o melhor de tudo, uma carta escrita às pressas, mas com muito amor, onde me fez um pedido inesperado e único, ser madrinha do Julio César.
A vida é mesmo cheia de surpresas, mas esse pedido foi o melhor presente que recebi nesse fim de ano.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Humilhação


Durante uma vida a gente é capaz de sentir de tudo, são inúmeras as sensações que nos invadem, e delas a arte igualmente já se serviu com fartura. Paixão, saudades, culpa, dor-de-cotovelo, remorso, excitação, otimismo, desejo – sabemos reconhecer cada uma destas alegrias e tristezas, não há muita novidade, já vivenciamos um pouco de cada coisa, e o que não foi vivenciado foi ao menos testemunhado através de filmes, novelas, letras de música.

Há um sentimento, no entanto, que não aparece muito, não protagoniza cenas de cinema nem vira versos com freqüência, e quando a gente sente na própria pele, é como se fosse uma visita incômoda. De humilhação que falo.

Há muitas maneiras de uma pessoa se sentir humilhada. A mais comum é aquela em que alguém nos menospreza diretamente, nos reduz, nos coloca no nosso devido lugar - que lugar é este que não permite movimento, travessia?. Geralmente são opressões hierárquicas: patrão-empregado, professor-aluno, adulto-criança. Respeitamos a hierarquia, mas não engolimos a soberba alheia, e este tipo de humilhação só não causa maior estrago porque sabemos que ele é fruto da arrogância, e os arrogantes nada mais são do que pessoas com complexo de inferioridade. Humilham para não se sentirem humilhados.

Mas e quando a humilhação não é fruto da hierarquia, mas de algo muito maior e mais massacrante: o desconhecimento sobre nós mesmos? Tentamos superar uma dor antiga e não conseguimos. Procuramos ficar amigos de quem já amamos e caímos em velhas ciladas armadas pelo coração. Oferecemos nosso corpo e nosso carinho para quem já não precisa nem de um nem de outro. Motivos nobres, mas os resultados são vexatórios.

Nesses casos, não houve maldade, ninguém pretendeu nos desdenhar. Estivemos apenas enfrentando o desconhecido: nós mesmos, nossas fraquezas, nossas emoções mais escondidas, aquelas que julgávamos superadas, para sempre adormecidas, mas que de vez em quando acordam para, impiedosas, nos colocar em nosso devido lugar.
Martha Medeiros

Fidelidade é igual a churrasco de chuchu


A monogamia contraria a natureza humana, biologicamente falando, e não tem a mesma graça que a diversidade no plano horizontal é capaz de oferecer.


Entre os milhares de textos que eu já escrevi, editei, aprovei, um me surpreendeu. Era sobre uma daquelas pesquisas de comportamento que só os americanos esmiúçam bem. Segundo os resultados, um dos quatro tipos de mulher que mais atraem os homens é a… bem casada. E hoje sou uma delas. Não, não tenho a intenção aqui de despertar nos leitores de ALFA novas paixões, casos extracurriculares, rolinhos platônicos. Nem testar meu poder de sedução para fazer ciúme no meu maridão. Se bem que as revistas femininas, mês sim, mês também, orientam as leitoras a nunca dar total segurança, deixando o parceiro um tantinho desconfiado de que a mulher amada poderá um dia chutar a porta e partir sem pré-aviso, como certas heroínas da literatura e do cinema. Jogo da conquista eterno, meu caro.
Como eu disse, estou bem casada. Bem na fita. Bem consciente de que escolhi esse homem; e é com ele que eu quero estar, brindar, batalhar, ganhar dinheiro, viajar, construir castelos, fazer amor e sexo pra valer. Não é com o personal trainer, com o vizinho que cozinha tão bem a ponto de espalhar aroma de alecrim no corredor ou com o irmão mais novo da amiga cheio de testosterona para trocar.
Para mim, é inesquecível a definição que minha fonte de reportagens preferida sobre relacionamentos, o médico psiquiatra Paulo Gaudencio, dá para a fidelidade: “É como churrasco de chuchu”. Ele tem razão: a monogamia contraria a natureza humana, biologicamente falando, e não tem a mesma graça que a diversidade no plano horizontal é capaz de oferecer. Homens e mulheres que não sentem desejo erótico pela novidade já morreram e não sabem ainda. É ela que move o tesão.
Porém… a gente é fiel quando há (ótimas) compensações. Intimidade, cumplicidade, afeto trazem uma sensação de completude que não vale a pena dispensar — ao menos na opinião de uma bem casada, que prefere investir para dentro da relação a “lavar roupa para fora”, o que desperta nos homens o lado carente sob os pensamentos de “que sorte tem o homem dela, queria ser eu”.
A propósito, se você quer que a sua amada faça parte do grupo das mulheres bem casadas, e assim matar a torcida do seu time do coração e os engravatados com quem trabalha de invejinha e dor de cotovelo, saiba que uma das colas afetivas mais poderosas se chama ad-mi-ra-ção. Pondo a sugestão em águas cristalinas: seja um homem que alimenta admiração em sua mulher. Diariamente, sem folga nem nos feriados. Eu admiro o meu principalmente pela inteligência, por me escutar (e também me alertar quando banco a ingênua no dia a dia…), por trabalhar feito doido naquilo que adora e ainda assim cavar um(uns) tempinho(s) para nós. Sua mulher pode admirá-lo porque faz omeletes supercriativos, porque realiza bem cinco posições do Kama Sutra pelo menos (não tem desculpa, existem 529!), porque é um profissional prestigiado, porque é cheiroso e viajado, porque segura a onda dos filhos sem pôr toda a responsabilidade no colo dela…
Escolha seu cardápio de motivos para despertar admiração e ela vai saborear um benfeito churrasco de chuchu lambendo os finos dedos. Repetir, agradecida. Ficar viciada em você. O bom é que faz bem ao coração e não engorda.
(*) Joyce Moysés é redatora-chefe da revista NOVA: jmoyses@abril.com.br




quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Grandes e pequenas mulheres



Há mulheres de todos os gêneros. Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais. Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito. Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.



Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher. Meia-verdade. Ele pode ser grande estando sozinho também. Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.



Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.



Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.



Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.



Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.



Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.



Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.



Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulher pequena.



Martha Medeiros
Só quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida termina por aprender que nada lhe pertence.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Um livro deve ser um machado para o mar congelado que há dentro de nós.



É bom quando nossa consciência sofre grandes ferimentos, pois isso a torna mais sensível a cada estímulo. Penso que devemos ler apenas livros que nos ferem, que nos afligem. Se o livro que estamos lendo não nos desperta como um soco no crânio, por que perder tempo lendo-o? Para que ele nos torne felizes, como você diz? Oh Deus, nós seríamos felizes do mesmo modo se esses livros não existissem. Livros que nos fazem felizes poderíamos escrever nós mesmos num piscar de olhos. Precisamos de livros que nos atinjam como a mais dolorosa desventura, que nos assolem profundamente – como a morte de alguém que amávamos mais do que a nós mesmos –, que nos façam sentir que fomos banidos para o ermo, para longe de qualquer presença humana – como um suicídio. Um livro deve ser um machado para o mar congelado que há dentro de nós.
Franz Kafka

domingo, 19 de dezembro de 2010

Mamãe Noel - Martha Medeiros


Sabe por que Papai Noel não existe? Porque é homem. Dá para acreditar que um homem vai se preocupar em escolher o presente de cada pessoa da família, ele que nem compra as próprias meias? Que vai carregar nas costas um saco pesadíssimo, ele que reclama até para colocar o lixo no corredor? Que toparia usar vermelho dos pés à cabeça, ele que só abandonou o marrom depois que conheceu o azul-marinho? Que andaria num trenó puxado por renas, sem ar-condicionado, direção hidráulica e air-bag? Que pagaria o mico de descer por uma chaminé para receber em troca o sorriso das criancinhas? Ele não faria isso nem pelo sorriso da Luana Piovani! Mamãe Noel, sim, existe.

Quem é a melhor amiga do Molocoton, quem sabe a diferença entre a Mulan e a Esmeralda, quem conhece o nome de todas as Chiquititas, quem merecia ser sócia-majoritária da Superfestas? Não é o bom velhinho.

Quem coloca guirlandas nas portas, velas perfumadas nos castiçais, arranjos e flores vermelhas pela casa? Quem monta a árvore de Natal, harmonizando bolas, anjos, fitas e luzinhas, e deixando tudo combinando com o sofá e os tapetes? E quem desmonta essa parafernália toda no dia 6 de janeiro?

Papai Noel ainda está de ressaca no Dia de Reis. Quem enche a geladeira de cerveja, coca-cola e champanhe? Quem providencia o peru, o arroz à grega, o sarrabulho, as castanhas, o musse de atum, as lentilhas, os guardanapinhos decorados, os cálices lavadinhos, a toalha bem passada e ainda lembra de deixar algum disco meloso à mão?

Quem lembra de dar uma lembrancinha para o zelador, o porteiro, o carteiro, o entregador de jornal, o cabeleireiro, a diarista? Quem compra o presente do amigo-secreto do escritório do Papai Noel? Deveria ser o próprio, tão magnânimo, mas ele não tem tempo para essas coisas. Anda muito requisitado como garoto-propaganda.

Enquanto Papai Noel distribui beijos e pirulitos, bem acomodado em seu trono no shopping, quem entra em todas as lojas, pesquisa todos os preços, carrega sacolas, confere listas, lembra da sogra, do sogro, dos cunhados, dos irmãos, entra no cheque especial, deixa o carro no sol e chega em casa sofrendo porque comprou os mesmos presentes do ano passado?

Por trás do protagonista desse megaevento chamado Natal existe alguém em quem todos deveriam acreditar mais.


Sob o sol da Toscana


Um filme inebriante...vale a pena!!!


Eles construíram os trilhos dos trens nos Alpes entre Viena e Veneza antes de ter um trem que pudesse fazer a viagem. Mas eles contruíram mesmo assim. Sabiam que um dia o trem chegaria. Qualquer curva arbitrária no caminho estaria em outro lugar, diferente. Afinal, o que são quatro paredes? Elas são o que elas contêm. A casa protege o sonhador. Coisas boas, inimagináveis, podem acontecer, até mesmo no fim do jogo. É uma grande surpresa.




RIP Mario Monicelli.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Algumas coisas na vida da gente...

Algumas coisas na vida da gente possuem uma magnitude diferente das restantes.Elas chegam para dar uma chacoalhada na alma e revirar do avesso a rotina interna que nos assola tediosamente.
Um abraço inesperado...
Uma pedrinha batendo na janela no meio da noite pedindo para vc aparecer...
Um telefonema...
Os olhinhos de um cão à sua porta te pedindo apenas amor...
Um filho internado...
Um Natal incompleto, onde quem falta não é o papai Noel...
A espera por uma vida toda ser enxergado por alguém...
Folhear o caderninho da primeira série de um filho e rever a letrinha linda e redondinha nas linhas...
A campainha tocar e vc se surpreender com a presença de alguém...
Enfim, acontecimentos que nos façam pensar e ver que fazemos parte do universo.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ainda faço um book para recordar...


Presente-doação



Na próxima vez em que receber um convite de casamento ou aniversário, não se surpreenda caso o anfitrião peça, em substituição ao presente, uma doação a alguma ONG ou projeto social.
É o chamado presente-doação, que está cada vez mais comum no mundo inteiro e consiste em presentear alguém doando uma quantia para um programa de caridade.
Internacionalmente, a ONG Oxfam, que luta contra a pobreza no mundo, foi pioneira nesta iniciativa ao criar o programa de presentes Unwrapped (desembrulhado).
Com o projeto, você escolhe o presente e eles mandam um cartão para o presenteado dizendo o que a sua doação ajudará a conseguir. Depois, eles ainda enviam uma bela foto do que você ajudou a realizar. Pode ser uma cabra, o refeitório de uma escola, livros, e assim por diante.
A ONG Casa Hope, em São Paulo, que há 14 anos abriga crianças e jovens vítimas de câncer ou transplantados, também tem um projeto para incentivar presentes-doações. Eles mandam um cartão de agradecimento com o recibo da doação e flores para cada um dos convidados da festa.
Com o casório marcado para junho, o empresário Fabio Depret e sua noiva, a chef de cozinha Poliana Sitolini, decidiram aderir ao projeto e abrir mão de geladeira e outros eletrodomésticos em favor de contribuições em dinheiro à Casa Hope.
“Temos condições de comprar o que nos falta. Além disso, um liquidificador pode esperar, mas as necessidades de uma criança carente com câncer não”, afirma Depret.
Tem presente mais bacana do que saber que você está ajudando a quem precisa? Peça o presente-doação também!
Fonte: Revista Veja SP / Planeta Sustentável / 50 formas inteligentes de preservar o planeta

Artista transforma listas telefônicas em obras de arte


Todos os anos, as empresas de telefonia enviam catálogos telefônicos para residências e empresas. São centenas de papéis gastos em um produto que logo perde a utilidade.
Pensando nisso, um artista da Filadélfia, nos Estados Unidos, decidiu dar um novo rumo às listas telefônicas descartadas.
Alex Queral cria esculturas nos próprios catálogos. O artista já esculpiu os rostos de personalidades como Albert Einstein, John Lennon e Bob Dylan.
O que era lixo se transforma em obras de arte criativas e ecologicamente corretas.
“A idéia surgiu quando vi a quantidade de catálogos antigos que tinha em casa. Pensei que poderia ser um material interessante para criar uma escultura. É como tirar as cascas de uma cebola para revelar um retrato. É muito bom saber que podemos dar uma nova utilidade a algo que iria para o lixo”, afirma ele.
Fonte: EcoDesenvolvimento / GNT/ Band / The Telegraph / Metro.co.uk / TreeHugger

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


Sabe já faz tempo que eu queria te falar....

Das coisas que trago no peito.

Saudade, já não sei se a palavra certa para usar...

Ainda lembro do seu jeito...

Não te trago ouro...

Porque ele não entra no céu...

E nenhuma riqueza deste mundo.....

Não te trago flores......

Porque elas secam e caem ao chão.....

Te trago os meus versos simples....

Mas que fiz de coração.......

Será?

"De tantas mil maneiras que eu posso ser, com certeza uma delas vai te agradar."









Há pessoas que jamais irão desabrochar pois não possuem em si o sentimento de amar.Para elas, cada coisa,ser ou lugar significam exatamente apenas isso, o que são.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Toscana, um sonho de consumo.



"Viva esfericamente em várias direções e nunca perca o entusiasmo infantil...e tudo será seu"


(Frederico Fellini)





Ganhei vários selinhos de um amigo especial.Obrigada Pimentel.Vou deixar aqui o seu blog maravilhoso para quem quiser conhecer...
(http://ventosnaprimavera.blogspot.com)









segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Entre a brutalidade para com o homem


e a crueldade com os animais há uma só diferença:



a vítima."



Lamartine

Cegonha recebe perna mecânica na Alemanha

Prótese custou mil euros e foi paga por doadores.


Sem uma das pernas, ave não sobreviveria na natureza.
 

Em Neuböhla, na Alemanha, uma cegonha branca (Ciconia ciconia) ganhou uma perna mecânica após ser ferida. Ela não sobreviveria na natureza sem uma das pernas. A prótese custou mil euros e foi financiada por doadores. (AFP)

domingo, 5 de dezembro de 2010

Delegacia de proteção aos animais será inaugurada em Ribeirão





Ribeirão Preto vai inaugurar nesta quinta-feira, dia 2, uma delegacia de polícia para receber denúncias de maus-tratos contra animais, a primeira do gênero na cidade. Mas as queixas contra esse tipo de crime poderão continuar a ser feitas nas delegacias normalmente, como ocorre atualmente.




A delegacia especializada vai funcionar na rua Góias, 576, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira. O atendimento será feito por um delegado de polícia, um escrivão e quatro investigadores. Segundo a Delegacia Secional de Polícia, o número de funcionários poderá aumentar de acordo com a demanda.



A criação da delegacia contra maus-tratos aos animais atende determinação da Delegacia Geral de Polícia, criada em setembro. Maus-tratos contra animais é crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. Existem pelo menos 80 mil cães e 20 mil gatos na cidade, segundo a Secretaria de Saúde.



Em Ribeirão Preto as principais entidades que defendem os direitos dos animais são Murilo Pretinho, Cão Paixão e a AVA (Associação Vida Animal). Elas têm o objetivo conscientizar a população sobre a importância da posse responsável, da castração, dos cuidados com os animais domésticos e, principalmente, alertar sobre o abandono indiscriminado de animais.



Para Flávia Fernanda Frederico, a presidente do projeto Murilo Pretinho, será muito importante a delegacia. "Recebemos em torno de duas denúncias por dia, mas não temos força para punir as pessoas que maltratam, abandonam e espancam os animais.”



A Cão Paixão recebe uma estimativa de 50 denúncias por ano. A presidente da entidade, Ana Cláudia Vicente, disse que a delegacia será muito importante.



No ano passado, o segurança Mário Marcelo Silvério, 38 anos, foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto após matar um pit bull.



As denúncias contra essa prática também podem ser feitas pelos telefones 181, 197 ou 3610-6067