terça-feira, 29 de março de 2011

Alma fluída






A alma de uma mulher é fluida como um oceano que nos atrai para o fundo. Navegada com arte, deixar-se-á cortar pelas proas que singram o azul das águas profundas. A alma feminina também é dura e resistente como uma jóia não lapidada, cuja beleza se esconde, à espera. Açodada, encolherá, sem sucumbir, posto que é forte. Mas sofrerá com coisas banais. Tua alma renasce ao som de uma palavra, à sombra de um gesto. Se eu soubesse dessa fluidez salgada, teria soltado as amarras, cortado as espias, folgado os lançantes. Se eu soubesse, teria pulado do cais.

 
 
—— Trechos retirados do livro "Cartas



a Uma Mulher Carente" de Ney Amaral



Comentários e depoimentos:


Martha Medeiros


Blog da Martha Medeiros - 11.03.10





Enfim, não vou entrar nessa questão, apenas indicar um livro bonito que estou terminando de ler, Cartas a uma mulher carente, escrito por Ney Amaral. Apesar do título, o livro não faz coro ao chororô feminino e nem é paternalista. É apenas a reunião de bonitos e poéticos textos de um homem que compreende a complexidade de existir - sejamos homens ou mulheres, existir é complexo, concorda? Fica a dica de uma leitura suave.







Caderno Donna de ZH- 18.04.10

Acaba de ser revelado o que uma mulher quer e que Freud nunca descobriu. Ela quer uma relação amorosa equilibrada onde haja romance, surpresa, renovação, confiança, proteção e, sobretudo, condições de entrega. É com essa frase objetiva e certeira que Ney Amaral abre seu livro Cartas a uma Mulher Carente, um texto suave que corria o risco de soar meio paternalista, como sugeria o título, mas não. É apenas suave.

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